segunda-feira, 28 de novembro de 2011

E o tempo parou...

Em uma linha do tempo tão tênue e mágica que pensei estar em meio aos anjos, que visão plena ver minha adorada filha entrando pelo corredor da igreja, de braços dados com o pai, vestida de noiva, com o vestido mais lindo que já ví, e ela parecia uma visão de sonho bom. Estava linda, esfuziante, a felicidade exalando por todos os poros, cintilando, a flor da pele, uma nuvem branca de sorriso e felicidade. Como estava linda a minha filha! Naquele instante, um breve instante não enxerguei ninguém, não percebi a igreja cheia, não senti a mão do meu filho apertando a minha com força, rebobinei em segundos uma vida inteira até aquele momento, o momento em que radiante ela entrava, cada passo, em meus olhos, funcionava em câmera lenta, tornei a realidade quando ela chegou pertinho, e o meu genro pegou sua mão! Um soluço seco atravessou minha garganta, retive as lágrimas (pieguice pura, e dai?) e o nó que formou, só foi sair muito tempo depois. Não sabia que emoções tão fortes podem se repetir, podem sim! Quando minha outra filha, tão jovem, entrou na igrejinha da Imaculada Conceição, da Lagoa em Floripa, senti esta plenitude: a fascinação pelo belo como uma tela nunca pintada por artista nenhum, uma tela pintada em cores da vida. Minhas duas filhas são responsáveis por esta visão sublime, sou grata a elas por isso. Como a felicidade transcende! As cores ficam translúcidas, consegue-se enxergar através dos corpos, a felicidade explode! Dois jovens saem para a vida de mãos dadas, sob o manto de luz das suas próprias felicidades. Bem vindos! Beijos.

domingo, 13 de novembro de 2011

Tons de sépia...

Domingo... dia de banzo completo, reviver passados, olhar fotografias antigas, se perder nas lembranças, ir fundo na tristeza, chorar um rio de lágrimas e esperar passar, como tudo passa este banzo tem que passar também! As fotografias...ah! que lindas histórias podemos relembrar olhando estes pequenos momentos paralisados e captados em situações diversas e felizes, é felizes, porque tristeza quem há de querer registrar, eu não! As que mais me encanta são as fotos de meus filhos pequenos, dos amiguinhos deles e de meus sobrinhos, que delícia de ver! As fotos de quando eu era mais jovem também me faz bem de ver, era jeitosa, tinha corpão, carnes duras e nem tinha celulite! Tudo bem que a cabeça ainda estava em fase total de aprendizado de vida, a duras penas, a curiosidade pelo conhecimento e aprendizado eram constantes, mas nem sempre o que aprendemos e conhecemos nos faz uma pessoa melhor, ainda procuro por isso até hoje! Que emoção avassaladora olhar fotos dos filhos quando crianças, e fazer a inevitável comparação nos homens e mulheres que são hoje, em qual linha da vida ficou para trás aquele sorriso com alguns dentinhos faltando? Aquele olhar puro e inquietante de criança a procura de sair logo da pose para poder brincar? Aquela maneira de vestir, que hoje causa tanto risos? Pois é, ficou para trás, nas lembranças, boas claro! E me pego pensando o quanto perdi de tudo isto, podia ter aproveitado mais. Como diz a música: "Podia ter..." Mas foi o que deu para fazer! E assim o fiz! Boas lembranças, também, são as fotos de viagens, é um retorno ao lugar onde a foto foi capturada, lembro-me com exatidão do local, da luz, lembro até o que motivou a tal foto, é uma grande viagem de volta ao passado. Ainda tenho que encontrar minha lápide para enterrar o passado, mas por enquanto assim está bom! Hoje todos adultos as fotos não são mais de papel, eles as olham no computador, tão sem graça! Manusear fotos é ter nas mãos lembranças mais próximas, é poder passar de mãos em mãos e rir muito das cenas captadas, comentar e as vezes odiar a pose que não nos favoreceu; no computador pode arrumar! Sem saudosismo, mas bater as fotos e depois levar os rolos de filmes para revelação e esperar as fotos reveladas, com uma curiosidade atroz... não tem preço! Adoro! E as fotos em preto e branco, então!? Muito lindas, depois de algum tempo vão ficando amarelinhas, amarelinhas... beijos.