quarta-feira, 29 de junho de 2011

Linhas paralelas...

Pois é Bela, que burra eu fui por quase toda uma vida. Quando, na minha insana cabeça, transformei nosso encontro de almas e amor em linhas paralelas, esqueci que linhas paralelas não se encontram... elas andam lado a lado! Mas não se ENCONTRAM! Nem no infinito! Mas vida que segue... e eu tinha 4 adolescentes, um precisando muito de atenção especial, não podia me dar ao luxo de enlutar, o luto da separação teria que ficar para depois. E ficou! Para muito depois! Voltei a morar no Rio; me vi de repente numa casa que não era a minha casa, tendo que obstinadamente construir um novo lar para nós e com uma tal liberdade que não sabia o que fazer com ela! Muitos equívocos cometi, em nome de um possível acerto; mas de nenhum me arrependo! A minha casa que me aconchegava como colo de mãe, deixei para trás; com tudo dentro: objetos, realizações, saudades, e lembranças, muitas lembranças, lembranças de uma vida toda. Nunca mais voltei para ela! Amigos? Só ficaram 2, meus queridos amigos de todo o sempre, aquele casal que se apaixonou perdidamente, lembra? Os outros? Eram amigos dele, não meus! Triste constatação! Mas assim que foi. Nessa época li um escrito da Lya Luft, que dizia assim: "A esperança me chama, e eu salto a bordo como se fosse a primeira viagem, se não conheço os mapas, escolho o imprevisto; qualquer sinal é um bom presságio. Seja como for, eu vou, pois quase sempre acredito; ando de olhos fechados, feito criança brincando de cega, mais de uma vez saio ferida ou quase afogada, mas não desisto! A dor eventual é o preço da vida; passagem, seguro e pedágio." Palavras que me fizeram repensar muito em tudo. E eu repensei! beijos.

sábado, 25 de junho de 2011

Desamor...

Diferente de você querida, que perdoa independente de emoção, aliás, você Bela, anistia! O que é mais amplo: perdoar ou anistiar? No seu caso sei a resposta, mas no meu, sem amor não há perdão, sem perdão não há amor, sem amor não tem como conviver; daí vira outra coisa, vira alguma coisa próxima ao desamor e quando ele se instalou de malas e bagagens na minha vida - o desamor - passei a viver uma vida de mentirinha: ele jura que não é verdade e eu finjo que acredito! Sei... é...era isto que vinha fazendo há muito tempo, mas ai ainda tinha amor querida! Lembra? perdão, amor, continuar e blá, blá, blá... E assim vivemos mais alguns anos juntos, foi ficando tudo muito distante, criei um mundo diferente para inserir este desamor, que não sabia como lidar; as vezes pensava: "vai passar e tudo será como antes" Não foi mais! Nunca mais! Mas junto com este sentimento venenoso e cruel veio junto, de brinde, a infelicidade; nem eu poderia fazê-lo feliz e nem ele estava me fazendo feliz. Que nó de marinheiro! Comecei a querer coisas, tipo, presentes, festas, roupas caras, viagens, o carro dos meus sonhos, que ganhei com uma performance digna de princesa com laço vermelho e tudo mais, (mais tarde descobri que nem me pertencia, era do brinca, o tal carrão era da empresa), relógio caro; já não o chamava de amor e sim de "meu filho"; amiga chamar marido de meu filho e muito pior que beijo na testa! Pois é, e assim fomos levando! não fazia mais força nenhuma para salvar porcaria nenhuma de casamento. Um dia precisei ficar um tempo no Rio com os nossos filhos; firmamos o seguinte acordo: "você fica aqui com as crianças - todos adolescentes - e eu fico lá; de 15 em 15 dias eu venho" este acerto deu certo por alguns meses. Quando percebi que ele estava, novamente, envolvido com alguém. Não deu. Não o amava mais. Tinha acabado. Naquele momento especial que estávamos passando, precisávamos muito de união e companheirismo. E ele me faltou! Um dia acordei, ele ainda estava deitado, olhei nos olhos dele e perguntei porque naquela hora? Assim, sem brigas ou alteração de voz. E ele me respondeu que não sabia! Então pedi o divórcio! Só me restou esta saída. Sem amor, companheirismo, cumplicidade, amizade e tesão o que era aquilo? casamento? Ficar junto para usufruir de tudo que conquistamos? Não isto para mim tem outro nome: prostituição. Não faria isto comigo nem com ele, que foi o grande amor da minha vida! Ficaríamos com um bom saldo: 4 filhos maravilhosos e uma história de vida para contar! Que pena! Acabou. Um grande amor acaba. Agora eu sabia! Até hoje me pergunto: como pode um amor tão grande acabar? Pois é para mim o amor não foi eterno, mas foi bom enquanto durou! beijos.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Vários nós...

Bela querida, recordando as nossas viagens e momentos de lazer, sós ou com as crianças, é impossível não passar um filme inteiro na minha cabeça, as vezes colorido outras preto e branco, mas com quase 20 anos de casados, já era possível, quando passava a mão na linha da minha vida, observar e sentir os nós que foram se formando. Vários, de todos os tamanhos, alguns tão apertados que mal passava o fôlego de gato que tenho; necessário desatar alguns para prosseguir viagem nesta linha tão esticada! Mas como fazê-lo? Não sabia! Boba eu, nem sabia que esta linha ainda tinha muito o quê esticar! Hoje, querida, estou melancólica e as idéias estão bem confusas, um embaralhamento só! Acho que é porque tive que lembrar de uma das traições dele que me deixou no chão, rente ao assoalho, e para levantar tive que olhar para os lados, apoiar as mãos com muita força no chão, sentar, olhar para cima e levantar segurando nas paredes; abraçar meus filhos, um por um, sentir o calor deles, beijá-los, olhar bem fundo nos olhinhos deles e... prosseguir! Uma traição dupla, a criatura em questão eu tinha como uma irmã! Esta dupla traição envolveu sentimentos e laços profundos; naquele momento senti que não só os nós estavam se desfazendo, a minha linha estava só um fiapo, um pequeno peteleco... e ela se partiria para todo o sempre! beijos querida, amanhã estarei melhor!

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Viagens que...

Nossa primeira viagem foi após 6 meses de casados, fomos visitar minha mãe no sul, até porque ele tinha que conhecê-la, pois é ainda não conhecia! Foi uma delicia! Alugamos um chevette no aeroporto e fomos até onde ficava a casa da minha mãe; nossa primeira viagem!!! foi o máximo! Mas teve uma que foi um horror; estávamos no Rio e resolvemos, junto com minha sogra, irmos até Fortaleza visitar um cunhado que morava lá; o dinheiro muito curto, fomos de ônibus evidentemente, mas pegamos uma gripe 2 dias antes, os três, que mal conseguíamos levantar da cama, mas como perder o dinheiro da passagem e a viagem que tínhamos planejado tanto? E fomos. Até hoje me pergunto o que aconteceu durante aquela viagem, não lembro, passamos os três, as 52 horas!!! Dopados de tanto remédio que tomávamos. Mas as coisas começavam a melhorar e nossas viagens não eram mais tão "sacrificosas", tínhamos mais conforto, hotéis melhores e tudo mais! Com as crianças fizemos viagens maravilhosas, de carro e avião; com direito a tudo que uma viagem com 4 crianças têm, enjoos, brigas entre eles e o pai ter que parar o carro para colocar moral, muita música infantil e as vezes um sufoco doido, feito um que passamos quando o vidro da camionete, sim fizemos isso, transformamos uma camionete em quase casa, era uma delícia! Então o vidro quebrou, BUM o maior estouro e estava garoando, tentamos ficar tranquilos para não assustá-los, e ainda era noite num sábado, foi difícil acharmos alguém para consertar o estrago, mas conseguimos e prosseguimos viagem. A nossa primeira viagem "para fora" foi ARUBA, achamos o máximo, era a primeira vez que saíamos do país, curtimos muito, cada momento! Depois nossas viagens subiram um pouco o padrão, já ficávamos em resorts, conhecemos quase todo o Brasil, sós ou com as crianças, adorávamos viajar! Fizemos várias para Europa e Estados Unidos, em todas nos divertíamos muito, éramos grandes companheiros de viagem; uma vez em Paris, fomos com mais 2 casais, e eles decidiram ficar no hotel, com vinhos e queijos, mas nós não queríamos isso, queríamos cair de boca em Paris, imagina em Paris dentro de um hotel?! Jamais! Pegamos um táxi e fomos para as margens do Sena, andamos, comemos e sobretudo bebemos muito vinho; 4 horas da manhã, os cafés da Champs Elisée fervendo! curtimos tudo que tínhamos direito e voltamos para o hotel. Como chegamos até lá? Só Deus sabe! Enfim nossas viagens todas foram inesquecíveis, nos divertíamos de verdade; grandes companheiros que éramos!!!Nós nos bastávamos! Muito bom! beijos.

domingo, 19 de junho de 2011

Medida certa?

Bela querida, não sei em que ponto da nossa vida fui assumindo todas as responsabilidades na criação de nossos filhos, foi acontecendo...acontecendo e me tornei a única responsável por toda orientação, educação e formação moral deles; e eles cresceram, tornaram-se naquela coisa indecifrável que se chama adolescente, Deus meu como precisei do meu marido junto nessa fase dos meus filhos! Quantos equívocos cometi. Dai ficou "meio" implícito: eu banco, você cria e educa! cruel isso até não poder mais! Mas foi assim que foi. Naquela época, na cidade não havia tão boas escolas, e queríamos o melhor, lembra? pois é, então as famílias que tinham uma condição econômica melhor, mandavam os rebentos para estudar fora, nas ditas escolas melhores, era praxe; até existia uma concorrência, velada claro, para ver quem tinha os filhos estudando em escolas de renome no país. Conosco não foi diferente, mandamos, um após outro, estudar no Rio; minha sogra morava lá, num bom apartamento que tínhamos, depois de algum tempo todos estavam estudando em boas escolas no Rio e minha sogra se viu aos quase 70 anos convivendo e tomando conta de 4 adolescentes, olha ai um dos grandes equívocos que cometi! até hoje peço perdão a ela, isso não se faz nem com seu pior inimigo e fiz com ela que gostava tanto! Enquanto isso... ficamos aqui só os dois. Bela, vou contar-lhe algo que, ainda não tinha lhe falado: meu marido tornou-se, por méritos próprios, uma pessoa que fez e faz ainda, a diferença; gera empregos, ajudou sim numa escala pequena, mas ainda assim importante para a transformação da cidade; ocupou cargos que o colocou em evidência, aliás, evidência essa com ônus e bônus e suas traições tornaram-se mais e mais frequentes, sim querida! descobri a primeira traição quando estava grávida do nosso primeiro filho; foram tantas pelo caminho! todas eu soube! quanto tempo durou e com quem era; as vezes nas recepções e festas sentávamos cara a cara, euzinha e a da vez. Muitas brigas houveram, todas (traições) perdoadas e reconciliações com muitas juras de amor e promessas que isso nunca mais iria acontecer, as vezes acompanhadas de uma bela e valiosa joia ou viagem para a Europa ou Estados Unidos! Quanta hipocrisia? não Bela eu o amava muito e perdoava. Enquanto se ama a gente perdoa sim. Algumas eram tão descaradas que ligavam para casa perguntando se era verdade que a gente ia ou estava separando! No mínimo ele dizia aquelas coisas que homem casado diz: "meu casamento é de fachada, minha mulher não quer me dar o divórcio e blá blá blá..." E elas prontamente ligavam para confirmar! História velha, manjada, antiga mas mais comum do que a gente pensa. E a gente torna-se descaradamente hipócrita, ou pra alguns "coitada se acha e não sabe os chifres que leva!" bobagem sempre sabemos dos nossos chifres, de onde vêm e até quanto tempo duram, depende de quem for a da vez, as vezes duram um pouquinho mais! beijos.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Esticando a linha...

E desse esticamento fizemos a ponte para a nossa história; trabalhamos muito, mas muito mesmo! Teve uma época que ele teve 3 empregos, a mim cabia trabalhar, também é claro, cuidar da casa, dele e dos quatro filhos que fomos tendo pelo caminho. A jornada era extenuante, o cansaço físico era evidente, mas com tão maravilhosas criaturinhas que tínhamos colocado no mundo tudo era mais fácil, até se desdobrar em mil valia. Com tanto esforço de trabalho, fomos crescendo profissional e economicamente. Já tínhamos uma casa maior, com mais conforto que nos abrigava como colo de mãe, aquela casa que nossos filhos nasceram e cresceram tornou-se, para mim, um porto seguro, um abraço gostoso da vida, não precisava de mais nada, achava que o que tínhamos já era o suficiente; segurança de uma boa casa própria, o fruto de muitos anos de trabalho em forma de uma empresa sólida e próspera, que com isso nos dava a segurança de podermos educar nossos filhos, em boas escolas e em melhores condições das que estudamos. Eram crianças, ainda, mas vislumbrávamos uma vida de grandes realizações para todos eles, uma vida que pudessem ter tudo aquilo que não tivemos, afinal era para isso que trabalhávamos tanto. A infância dos meus filhos Bela, foi uma infância deliciosa, dito por eles, muitos primos, os irmãos e amiguinhos, cujos pais também eram nossos amigos; lembro de todos eles que passaram pela minha casa, muitos considero por toda vida, como se fossem meus, e a amizade com meus filhos continua para todo o sempre. Várias lembranças vieram com uma força brutal nesse momento; lembro tão nítidamente do meu filho mais velho e a filha da minha amiga, aquela Bela, que conheci ainda no Rio, a da calça branca c a blusa dourada, lembra? nasceram com pouco tempo de diferença, foram criados muito juntos, morávamos uma em frente a outra, e meu filho e a filha dela brincavam muito, brincavam até... ele começar a cantar "periquita maracanã cadê tua nhánhá", até hoje não sei porque ele cantava e porque ela chorava. Era muito engraçado. A minha amiga teve um menino, lindo, que junto com minha filha mais nova formavam uma dupla e tanto, só queriam estar onde o outro estivesse; a pergunta se "ele vai, mãe?" ouvi infinitas vezes. O meu outro filho homem, um moreno que está hoje em dia, igualzinho quando conheci o pai dele, tem amigos daquela época até hoje, ainda, jogam as indefectíveis peladas; a minha outra filha mulher, ainda é a mesma patricinha de sempre, não sei a quem ela puxou! Ficava uma fera quando os irmãos diziam que era patricinha, não sei porque ela ficava tão enfezada? isso para ela era uma ofensa! Vai entender, crianças! Bela poderia ficar falando aqui sobre as minhas crianças e seus amiguinhos por muito tempo, mas vou poupá-la dessa parte, que na verdade só quem gosta é a mãe que conta. Pois é tivemos 2 filhos e 2 filhas, quando saíamos de férias parecia uma excursão, mas era tão bom! Oh tempo bom... e tinha os primos e primas que para mim era como se fossem meus filhos também, como a família era grande a filharada também, eram aos montes, uma confusão de menino que não acabava mais! Mas, também, era e é de doces lembranças, lembranças para toda uma vida! beijos

terça-feira, 14 de junho de 2011

Conflitos de quereres

Tínhamos sim uma vida para construir, para idealizar, tínhamos uma vida para vivermos juntos, não foi isso que o padre tinha dito: Até que a morte os separe! Então vamos vivê-la. Após a cerimonia foi servido um almoço na casa do meu cunhado, a maioria dos convidados não conhecia,coisa simples; como também tinha sido a cerimonia de casamento, minha roupa foi confeccionada pela minha sogra, que era uma exímia costureira, e o horário 10 horas da manhã, poucos convidados, basicamente a família dele, que aliás, era o suficiente para quase encher a igreja, uma família grande (ai que invejinha!), minha sogra tinha 8 filhos - 6 homens e 2 mulheres - todos casados com filhos o único solteiro tinha acabado de casar comigo. Isso gerou na família dele alguns comentários bem maldosos, tipo: "não tinha que casar agora; tinha que ajudar a mamãe e ainda mais com uma moça que a gente nem conhece, não sabe nem de onde vem. Cadê a família dela, não tem ninguem aqui!" Esqueci de dizer Bela, que ele era o caçula, que tinha acabado de formar, com um emprego ótimo, que pela primeira vez estava ganhando o dinheiro dele. E casar agora! Se tinham razão, veremos depois. Após o almoço fomos para NOSSA casa; uma casa até bem confortável, num bairro novo que estava sendo construído de pouco. Bela esqueci de falar do impacto que tive quando cheguei na cidade dele, uma cidade pequena no coração pulsante e verde da amazônia, uma cidade de poucas ruas asfaltadas, com infraestrutura escassa, mas ele tinha "pintado" um quadro tão horrível da cidade que quando cheguei não achei tão ruim. Teve algo que criou em mim um impacto tão grande, mas tão grande, que até hoje me surpreendo em sentí-lo: o verde daqui é diferente, é um verde escandaloso, exuberante, agressivo e lindo. Não há em lugar nenhum, que já andei, um verde como esse! E era aqui que minha história seria escrita. Quando conheci a familia dele me chamou atenção a quantidade de crianças, vários sobrinhos e eles me chamavam de...tia! Isto para mim teve o peso de um afeto nunca recebido, me apaixonei imediatamente e irremediavelmente por todos para toda vida. Eu estava entrando para uma família enorme e unida, achei assustador: saberia lidar com tudo isso? Alguns equívocos foram cometidos, dos dois lados, mas todos resolvidos ao longo do tempo. O fato é que a partir daquele momento "adotei" , amei e amo até hoje aquela família que tinha me dado um grande presente: gente e afeto. Tenho todos; cunhados, cunhadas e respectivos companheiros e companheiras, sobrinhos e sobrinhas, todos sem faltar nenhum dentro do meu coração como se eu, sempre, a vida toda tivesse pertencido a eles, gosto desta familia que considero a minha família para todo o sempre. Então Bela, fomos para nossa casa, que era a terceira a ser ocupada no conjunto que estava sendo construido, não havia asfalto, era rua de barro mesmo, quando chovia tínhamos que deixar o carro bem longe, colocar plásticos nos pés para chegarmos limpos no trabalho. Mas o que estava nos aturdindo era que nunca tínhamos morado juntos, namoramos 2 anos cada um na sua casa; morar junto é complicado! Espaços e individualidades têm que serem mantidos, mas como se faz isso? Tivemos brigas muito feias, alguma coisa não estava se encaixando e não sabíamos o quê era. Enquanto namorados nunca, mas nunca mesmo, brigamos, a gente se dava super bem, porque agora estávamos brigando loucamente? Foi um longo e solitário caminho até entrarmos em harmonia novamente. O que foi feito? Não sei. Penso que estabelecemos uma rotina confortável e com amor. Mas a fórmula não achamos, apenas fomos vivendo e conversando. E assim a nossa história estava sendo escrita. beijos.

domingo, 12 de junho de 2011

Fui ali...

Mas já voltei. Bela quando estava andando pelo corredor da catedral, de braços dado com meu cunhado, uma imagem tornou-se tão viva em minha mente que ri, um riso escancarado, os convidados devem ter pensado "essa moça está rindo tanto de quê?" Eu ri de nós! Duas meninas sentadas na pracinha, gazetando aula e falando de nossas tão importantes preocupações: qual seria a próxima música dos Rolling Stones e será que a dos Beatles será melhor? até onde poderíamos subir nossas saias sem causar tanto escândalo na diretora do ginásio? e que rapaz era aquele que estava colocando a Banda dele na rua, que olhos eram aqueles? duas petecas verdinhas que nos fez sonhar por muito tempo! Mas também tínhamos nossos sonhos particulares, aqueles que sonhávamos bem escondidas, as vezes tão escondido que até para nós mesmas tínhamos dificuldades de revelar; os seus eram tão lindos Bela, tão cheios de horizontes infindos, um mundo que para mim parecia tão distante, mas para você não! Você o enxergava ali, bem ali ao alcance da suas mãos, era só uma questão de tempo! O que você queria estava bem delineado bastava você crescer e estudar um pouco mais. Os meus eram tão prosaicos, não era atoa que as vezes você me chamava de alienada: "querer só isso da vida? um grande amor, uma família grande, um monte de filhos; e quando eles crescerem você ter uma mesa bem grande, com você numa ponta e ele na outra, e ao redor: filhos, filhas, genros, noras, netos e netas e quem mais chegar? só isso que você quer? É muito pouco!" Você decretava do alto da sua sapiência juvenil e cheia de sonhos de um mundo melhor! Pois é Bela rí disso, enquanto entrava na igreja e já não achava tão prosaico assim meus antigos sonhos juvenis; sonhos estes sonhados por nós. Você fazia parte de uma família grande, talvez por isso meus sonhos pareciam tão aterrorizantes para você; mas eu não. Não pertencia a família nenhuma, ou melhor, éramos somente minha mãe, meu padrasto e eu e um monte de irmãos que não me queriam por perto, afinal eu era a prova viva que o pai deles e a minha mãe tinham traído seus respectivos cônjuges, eu era a prova dos cornos que eles tinham levado! Então meus irmãos, tanto da parte de mãe quanto da parte de pai, não me davam a mínima. Por isso amiga a ideia fixa de ter um monte de filhos e uma família só minha e bem grande. Entendeu o riso na igreja? Era felicidade na veia! Estava começando a concretizar o meu sonho, estava casando com o homem da minha vida! Dai é vida que segue, e história que se escreve, linhas que são definidas e nós tínhamos uma para escrever, sonhar e construir. E construímos...literalmente!

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Inesquecível

E foi assim Bela, que fui pedida em casamento! Uma noite linda de verão no Rio, você tem noção amiga, o que é ser pedida em casamento pelo homem que você ama, numa linda noite de verão no Rio de Janeiro? É o que chega mais perto da felicidade plena! Como se o universo todo estivesse conspirando para que só você fosse feliz; naquela noite ninguém mais seria, só eu! Mas... o dia amanheceu e a realidade bateu na minha cara de forma abrupta e eu tinha uma decisão séria a tomar. Eis a linha da vida se esticando toda novamente! Caso ou deixo a carreira que tanto fiz por merecer? Claro que caso e sigo o homem da minha vida até os confins oeste do Brasil! Combinamos que ele iria na frente, para preparar casa e tudo mais; enquanto isso ia pedir demissão do emprego e ir na casa da minha mãe avisá-la que ia casar e ir morar muito longe. E assim foi feito, em 3 meses estávamos novamente juntos na cidade dele; cheguei num dia de jogo da seleção e fomos direto para a casa de uns amigos dele, que eu não conhecia; tomei um susto enorme com tamanha irreverência da galera; mais uma linha estava sendo traçada naquele momento, aquelas pessoas que eu havia acabado de conhecer, muitas fizeram, outras ainda fazem parte da minha história até hoje! Então... no dia 15 de julho de 1978 casamos, quando entrei na igreja, pelas mãos do meu cunhado e olhei aquele rapaz me esperando no altar, pensei... "o meu destino está totalmente trançado junto com o dele. Que Deus nos ajude" E Ele ajudou! beijos.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Sepa!!!!???

Bela querida não era desta "sepa" que vinha minha sogra mas sim desta CEPA, da melhor qualidade! Eu sempre apressada! Ainda tenho o péssimo hábito de não ler o que escrevo, escrevo e "bum" mando, dai acontece estas barbaridades. Hoje querida vou ficar devendo a continuação, vou ter que desatar mais alguns nózinhos para continuar, até... beijos.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Continuando...

Quando conheci minha sogra, fiquei temerosa, acho que toda namorada fica! Ainda mais no estado em que estava, imagina! Mas depois de muito tempo fui perceber que ela era uma pessoa muito séria pelos acontecidos da vida, seus olhos transmitiam muita dor e sofrimento acumulados; a vida tinha sido muito dura com ela, e ela foi secando de emoções e ...afetos? Ela os tinha sim, não sabia expressar, mas tinha sim! Aprendi a gostar muito desta mulher forte, feita da melhor sepa; que enfrentou a vida com muitos filhos para criar e os criou muito bem. Tinha imenso afeto e admiração por ela; até hoje me faz falta! Ao longo do tempo fui descobrir de onde vinha a imensa dificuldade que o meu namorado tinha de dizer TE AMO, o bloqueio era tanto, que muitas vezes cheguei a duvidar se ele realmente me amava. Quando disse pela primeira vez foi um acontecimento emocional muito forte para ele, depois, costumava dizer que tinha aprendido a dizer TE AMO comigo. Que bom que pude ensiná-lo a dizer! Bela, nosso namoro era muito feliz, éramos companheiros, nos amávamos muito e sobretudo ríamos muito - embora o humor dele não fosse lá essas coisas dava p darmos boas risadas! E vida que segue... Eu tinha uma espada sobre a minha cabeça: a formatura estava próxima e com ela a volta dele p sua terra. E euzinha? O quê fazer? jamais iria perguntar. Deixei rolar, resolvi não pensar no amanhã; estava feliz como nunca tinha sido antes, vamos deixar assim, viver com intensidade o quê tem para hoje (refletia eu c meus botões). Mas ai, o destino, sempre ele! Se encarregou de esticar a minha linha, e como esticou bem: recebi uma proposta de aperfeiçoamento na matriz do banco, nos Estados Unidos. Olha que linha ou melhor isto me pareceu mais uma corda bamba! Quando falei para ele ficamos ambos nos olhando profundamente, como se nossos olhos pudessem nos dar a resposta certa para tal situação. Doeu em mim e doeu nele! Agora a separação estava tão palpável que quase podíamos pegá-la com as mãos. Resolvemos, num acordo sem palavras, implícito nas nossas atitudes, vivermos esses dias com alegria e curtir muito as solenidades da formatura dele, afinal ele merecia, estudou com tanto sacrifício; e minha sogra também precisava dessa alegria. E assim foi! Nos divertimos a valer, como mostra as fotos do albúm, nossa alegria estava evidente. Quando olho aquelas fotos, penso: que destino caprichoso este! um garoto do oeste do Brasil e uma garota lá do sul, encontrando-se numa faixa do País onde quase se cai no mar, alguma coisa boa tem que sair daqui. E saiu... beijos Bela.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Infinito Particular

Bela, ontem a noite tive uma epifania, fiquei perplexa! Como é complicado escrever. A vontade de contar acontecidos é tamanha que me estraçalho; mas ao mesmo tempo purgo o que há de mais entranhado dentro de mim, o que também trás um certo alívio e conforto. O porque de tal acontecimento? Comecei a reler algumas cartas que escrevi p você, evidente que nunca as enviei, e nos escritos percebi que contar uma vida é de uma condescendência atroz, você se faz perfeita, sem defeitos ou desvios; só os enxerga nas pessoas que fazem ou fizeram parte atuante da sua história. Escritos têm que ser assim? Contar a sua versão da história? Bem, quem quiser direito de resposta... Preciso apaziguar minha alma para prosseguir, sei que você está gostando de toda esta retrospectiva; mas quando olho para uma foto minha, com 6 anos, de uniforme azulzinho na escola, sempre pergunto: e agora menininha? Vai continuar ou desistir? Faço isso há muito tempo. Estou esperando a resposta. beijos.

domingo, 5 de junho de 2011

com açúcar e pimenta

Assim vivíamos, um namoro bom, tranquilo, com afeto, amor, claro muito tesão; afinal tínhamos vinte e poucos anos. Todo lugar era lugar, toda hora era hora, nos finais de semana, que revezávamos, um ele descia, outro eu subia - a serra! Era muito bom! E fomos ficando cada vez mais ligados e próximos, coisa que só o amor faz: aproximar e um querer mais sem fim. Não tínhamos dinheiro, era tudo contado e rachado, no meu trabalho ganhava relativamente bem para a minha função; mas na verdade nunca fui muito boa nesta coisa de lidar com o víl metal; também tinha que sobreviver, mas sobreviver amando não é tão difícil. Ele era um estudante que também tinha dificuldades, seu dinheiro também era contado; o irmão mais velho (pessoa que adoro até hoje) era quem bancava tudo e com honestidade ele assim vivia; além do irmão que morava na clínica, outro irmão (a personificação do bem) também morava no Rio, mas este por ser mais velho que ele, tinha outra turma já era noivo, e fez a opção de trabalhar ao invés de estudar, sempre que recebia o salário passava no apartamento do meu querido e deixava um dinheirinho, era uma festa! era dia que a gente comia uma salada esperta no Ventura (um pé meio sujo) que tinha (não é que ainda está lá até hoje!) na nossa rua, mas a salada era enorme e muito gostosa ou senão rachávamos um galeto no Presidente, este não existe mais, o metrô precisava passar, ou então fazíamos alguma coisa no ap, ap não é bem assim... um espaço tão exíguo mas que cabia muita gente; quando sentiam o cheiro de comida vinda do ap deles, era um chegar de gente que não parava mais, e o mais impressionante é que a comida - e a bebida - dava para todos. No trabalho eu ia bem, aproveitava todas as chances e cursos de aperfeiçoamento que o banco promovia. O banco subsidiava, para nós, ingressos para espetáculos e peças que estivessem em cartaz, e só por isso eu e ele fomos ao teatro pela primeira vez; e começamos bem, a primeira peça que assistimos foi A Ópera do Malandro, olha o elenco: Marieta Severo, Otávio Augusto e Elba Ramalho, que naquela época era atriz e não cantora, os outros não lembro. Mas foi aí que começamos adorar teatro. Você está estranhando tanta escrita? Não estranhe não Bela! Hoje é domingo, dia de banzo, lembra? e escrever p você me faz tão bem! Se você achar que é muito,leia em duas partes! São tantas lembranças, é aquela história, vai tirar esqueletos do armário!! Eles não param mais, querem sair todos ao mesmo tempo, criando um p...engarrafamento de palavras e emoções que não sei como parar! Teve um episódio, Bela, que me fez lembrar demais de você: quando conheci a mãe dele, tínhamos que buscá-la no aeroporto, antigo Galeão, é ... aquele mesmo que você partiu para o seu exílio! Como lembrei... Mas então fomos; me fiz bonita até onde podia, só que caiu uma chuva daquelas, e a gente ia de ônibus, chegamos no Galeão eu parecia uma pata molhada, toda borrada, uma coisa! E desce aquela senhora séria, simples mas elegante por natureza: "Mãe está aqui é minha namorada" "muito prazer" e aquela olhada de cima até os pés, pensa na desfigura que eu estava, pois é, é assim mesmo! Fazer o que era o quê tinha para aquele momento! beijos.

sábado, 4 de junho de 2011

Porque hoje é sábado!

Bela, sei que você está curiosa para saber o andamento desta história e até onde estiquei a minha linha, você irá saber, tudo (ou quase) no tempo certo, no meu tempo! Antes preciso desatar alguns nós da alma p prosseguir. Mas hoje li um escrito num blog fantástico, e a moça fala do seu incrível complexo de fênix, e de reinvenção, de como ela se reinventa a cada dia. Que dom divino alguém precisa ter para se reinventar com tanta rapidez? Não sei! Mas ela consegue, e como escreve esta moça! Que fluidez e clareza ela tem para dizer o quê lhe vai por dentro! Me fez pensar muito num escrito de Florbela Espanca: "O meu mundo não é como o dos outros, quero demais, exijo demais, há em mim uma sede de infinito, uma angústia constante que nem eu mesma compreendo, pois estou longe de ser uma pessimista; sou antes uma exaltada, com uma alma intensa, violenta, atormentada, uma alma que não se sente bem onde está. Que tem saudade...Sei lá de quê?" beijos.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Linha Nova

Pois é amiga, uma nova linha estava sendo definida, ali, bem diante de mim, e não tinha atentado para a importância e o significado dela; Ainda não conseguia ler nas entrelinhas das paralelas que estavam se formando. Desde que começamos, naturalmente como água que segue, os meus amigos passaram a ser os amigos dele, o irmão-que morava numa clinica p pessoas especiais- passou a ser como um membro de mim, gostava de visitá-lo e levar as coisinhas que ele gostava- o irmão- uma pessoa muito, mas muito especial mesmo. Os outros amigos, pessoas que levo comigo até hoje com afeto e amizade sinceras, tornou-se "a minha turma", que bom! Tínhamos tão pouco, mas nos divertíamos muito. Só um da "turma" tinha carro, uma Brasilia azul, (pessoa muito querida para mim para todo o sempre), então quando podíamos rachar a gasolina fazíamos altos passeios. Este amigo, o da Brasilia azul, estudava numa faculdade na região serrana do Rio, e só descia nos fins de semana, numa descida, conheceu uma pessoa e ficou perdidamente apaixonado (tá achando antigo perdidamente?) não é não, até hoje as pessoas se perdem e se encontram nas paixões; então: perdidamente sim! Em pouco tempo casariam. Quando a conheci, lembro bem daquela figurinha bonita, de calça branca e blusa tomara que caia dourada, descendo a escada vindo ao nosso encontro. Mal sabia eu que ali mais uma linha estava sendo traçada na minha vida. Esta moça faz parte da minha história até hoje, e penso que uma vida só é pouco para tamanha amizade e afeto. Gosto dela de verdade!Num outro dia falaremos mais.Um outro amigo, pessoa que também levo comigo até hoje; tinha sérios problemas com drogas, tentávamos ajudá-lo, mas o que podíamos fazer contra este demonio medonho, éramos alguns amigos,jovens tentando ajudar outro amigo de um monstro que só profissionais podem fazê-lo. Hoje em dia, depois de uma luta feroz, ele conseguiu "domar" o monstro, sinto grande orgulho dele por isso. Uma outra amiga querida já se foi não está mais entre nós; foi jovem ainda. Bela, olha quanta coisa estava acontecendo em tão pouco tempo! Conheci o meu grande amor, e de quebra veio junto um monte de gente querida que junto com você encheu o meu mundo tão seco de afetos e amizades, neste mundo passo uma linha e faço um laço, até... desatar! bjos.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Sufoco Louco

Bela querida, quando fazíamos planos e traçávamos estratégias p nossa vida, nem nos nossos devaneios mais loucos eu poderia imaginar o que estava p acontecer com a linha tão tênue da minha vida naquele momento. Quando nos despedimos- eu e o moreno magrinho - não fizemos planos; não marcamos de nos ver novamente; não precisava, nós sabíamos que haveria tudo isto sem precisar combinar nada.E vida que segue! No outro dia fui trabalhar, não mais normalmente como todos os dias, algo estava inexoravelmente mudado dentro de mim. Amor a primeira vista? Não, nem de longe! Mas que algo de diferente tinha acontecido, ah isto tinha! Seria preciso algum tempo para entender! Mas uma atitude urgente e decente eu tinha que tomar naquele momento: tinha que terminar com o meu namorado, é eu ainda tinha um namorado! E nesta barafunda de sentimentos não tinha lugar para ele, e assim fiz. Por muito tempo ele achou que terminei por causa da "mamã", coitada, e eu muito cínicamente aproveitei a deixa e fiquei sem namorado. E agora? Bem (vou chamá-lo de ele) ele que não ia descer a serra naquele final de semana, desceu! E ai... foi tudo muito bom ou melhor do que já tinha sido. E assim continuou por muito tempo. Mas então, ele me contou da namoradinha que tinha na cidade dele, q estava no Rio só p estudar, que quando formado voltaria p sua terra. E a namoradinha era coisa séria. Pois é olha que m.... Mas daí euzinha aqui, estava apaixonada; na verdade ele tb, a gente sente. Enfim esta história durou 2 anos (o tempo que faltava p ele se formar e voltar), mas neste espaço de tempo, conheci a mãe dele, ainda quero lhe falar sobre ela; o irmão q morava no Rio - tb quero lhe falar sobre ele em outra oportunidade- já éramos namorados mesmo, ah! ia esquecendo, terminou c namoradinha, então marcas de amor verdadeiro já existia. Como ficar sem aquele querer ficar junto, se tocar, se amar? Ficamos só ele e eu para traçarmos a nossa linha, que a esta altura já estava paralela. Mas ele se formou e tinha que voltar. Pois é amiga tirar esqueletos do armário gera tantas lembranças, e com uma riqueza de detalhes que parece que foi ontem, e isto foi nos idos de 1977. bjos querida.

Encontro

É assim, amiga, que ficou para todo o sempre na minha memória, aquele domingo (o da feijoada), sei que não é nada romantico e previsível que se ache o homem da sua vida numa...feijoada; mas só sei que assim que foi. Nos conhecemos numa das janelas do apartamento, eu no meu indefectivel banzo e muito p... da vida; até houve uma tentativa, por parte das pessoas que lá estavam, para que eu ficasse com um outro rapaz; eu te confesso q só não fiquei c ele porque ele teve q sair; mas tb n dei a mínima, n estava nem um pouco interessada, se ficasse era só por ficar mesmo, aliás, naquela época nem se falava "ficar", e meu estado de espírito estava uma porcaria. Ainda bem que nada deu certo, então fui p a tal janela tomar uma batidinha de maracujá, e arquitetando uma saida; eu queria mesmo era a minha casa. Eis então que surge do nada... um moreno, magrinho e de cabelos muito preto, olhei aquele cabelo e pensei: este cara pinta o cabelo de preto? tão jovem! que idéia! Começamos conversar, conversa vai, conversa vem; saimos dali e ficamos, pois é ficamos! Então soube q ele fazia engenharia num município do Rio e que morava no mesmo prédio q eu, mas q só descia de 15 em 15 dias; tb soube de mim, onde trabalhava e q estudava; só não falamos nada sobre possíveis namorados. Foi muito, mas muito bom mesmo, sentimos uma atração tão grande que n queríamos nos separar e tantas afinidades foram surgindo, que esta "ficada" durou 26 anos!Deu frutos e quê frutos! Mas isto é assunto p mais tarde. beijos Bela.