quinta-feira, 23 de junho de 2011

Vários nós...

Bela querida, recordando as nossas viagens e momentos de lazer, sós ou com as crianças, é impossível não passar um filme inteiro na minha cabeça, as vezes colorido outras preto e branco, mas com quase 20 anos de casados, já era possível, quando passava a mão na linha da minha vida, observar e sentir os nós que foram se formando. Vários, de todos os tamanhos, alguns tão apertados que mal passava o fôlego de gato que tenho; necessário desatar alguns para prosseguir viagem nesta linha tão esticada! Mas como fazê-lo? Não sabia! Boba eu, nem sabia que esta linha ainda tinha muito o quê esticar! Hoje, querida, estou melancólica e as idéias estão bem confusas, um embaralhamento só! Acho que é porque tive que lembrar de uma das traições dele que me deixou no chão, rente ao assoalho, e para levantar tive que olhar para os lados, apoiar as mãos com muita força no chão, sentar, olhar para cima e levantar segurando nas paredes; abraçar meus filhos, um por um, sentir o calor deles, beijá-los, olhar bem fundo nos olhinhos deles e... prosseguir! Uma traição dupla, a criatura em questão eu tinha como uma irmã! Esta dupla traição envolveu sentimentos e laços profundos; naquele momento senti que não só os nós estavam se desfazendo, a minha linha estava só um fiapo, um pequeno peteleco... e ela se partiria para todo o sempre! beijos querida, amanhã estarei melhor!

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