domingo, 19 de junho de 2011

Medida certa?

Bela querida, não sei em que ponto da nossa vida fui assumindo todas as responsabilidades na criação de nossos filhos, foi acontecendo...acontecendo e me tornei a única responsável por toda orientação, educação e formação moral deles; e eles cresceram, tornaram-se naquela coisa indecifrável que se chama adolescente, Deus meu como precisei do meu marido junto nessa fase dos meus filhos! Quantos equívocos cometi. Dai ficou "meio" implícito: eu banco, você cria e educa! cruel isso até não poder mais! Mas foi assim que foi. Naquela época, na cidade não havia tão boas escolas, e queríamos o melhor, lembra? pois é, então as famílias que tinham uma condição econômica melhor, mandavam os rebentos para estudar fora, nas ditas escolas melhores, era praxe; até existia uma concorrência, velada claro, para ver quem tinha os filhos estudando em escolas de renome no país. Conosco não foi diferente, mandamos, um após outro, estudar no Rio; minha sogra morava lá, num bom apartamento que tínhamos, depois de algum tempo todos estavam estudando em boas escolas no Rio e minha sogra se viu aos quase 70 anos convivendo e tomando conta de 4 adolescentes, olha ai um dos grandes equívocos que cometi! até hoje peço perdão a ela, isso não se faz nem com seu pior inimigo e fiz com ela que gostava tanto! Enquanto isso... ficamos aqui só os dois. Bela, vou contar-lhe algo que, ainda não tinha lhe falado: meu marido tornou-se, por méritos próprios, uma pessoa que fez e faz ainda, a diferença; gera empregos, ajudou sim numa escala pequena, mas ainda assim importante para a transformação da cidade; ocupou cargos que o colocou em evidência, aliás, evidência essa com ônus e bônus e suas traições tornaram-se mais e mais frequentes, sim querida! descobri a primeira traição quando estava grávida do nosso primeiro filho; foram tantas pelo caminho! todas eu soube! quanto tempo durou e com quem era; as vezes nas recepções e festas sentávamos cara a cara, euzinha e a da vez. Muitas brigas houveram, todas (traições) perdoadas e reconciliações com muitas juras de amor e promessas que isso nunca mais iria acontecer, as vezes acompanhadas de uma bela e valiosa joia ou viagem para a Europa ou Estados Unidos! Quanta hipocrisia? não Bela eu o amava muito e perdoava. Enquanto se ama a gente perdoa sim. Algumas eram tão descaradas que ligavam para casa perguntando se era verdade que a gente ia ou estava separando! No mínimo ele dizia aquelas coisas que homem casado diz: "meu casamento é de fachada, minha mulher não quer me dar o divórcio e blá blá blá..." E elas prontamente ligavam para confirmar! História velha, manjada, antiga mas mais comum do que a gente pensa. E a gente torna-se descaradamente hipócrita, ou pra alguns "coitada se acha e não sabe os chifres que leva!" bobagem sempre sabemos dos nossos chifres, de onde vêm e até quanto tempo duram, depende de quem for a da vez, as vezes duram um pouquinho mais! beijos.

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