terça-feira, 7 de junho de 2011

Continuando...

Quando conheci minha sogra, fiquei temerosa, acho que toda namorada fica! Ainda mais no estado em que estava, imagina! Mas depois de muito tempo fui perceber que ela era uma pessoa muito séria pelos acontecidos da vida, seus olhos transmitiam muita dor e sofrimento acumulados; a vida tinha sido muito dura com ela, e ela foi secando de emoções e ...afetos? Ela os tinha sim, não sabia expressar, mas tinha sim! Aprendi a gostar muito desta mulher forte, feita da melhor sepa; que enfrentou a vida com muitos filhos para criar e os criou muito bem. Tinha imenso afeto e admiração por ela; até hoje me faz falta! Ao longo do tempo fui descobrir de onde vinha a imensa dificuldade que o meu namorado tinha de dizer TE AMO, o bloqueio era tanto, que muitas vezes cheguei a duvidar se ele realmente me amava. Quando disse pela primeira vez foi um acontecimento emocional muito forte para ele, depois, costumava dizer que tinha aprendido a dizer TE AMO comigo. Que bom que pude ensiná-lo a dizer! Bela, nosso namoro era muito feliz, éramos companheiros, nos amávamos muito e sobretudo ríamos muito - embora o humor dele não fosse lá essas coisas dava p darmos boas risadas! E vida que segue... Eu tinha uma espada sobre a minha cabeça: a formatura estava próxima e com ela a volta dele p sua terra. E euzinha? O quê fazer? jamais iria perguntar. Deixei rolar, resolvi não pensar no amanhã; estava feliz como nunca tinha sido antes, vamos deixar assim, viver com intensidade o quê tem para hoje (refletia eu c meus botões). Mas ai, o destino, sempre ele! Se encarregou de esticar a minha linha, e como esticou bem: recebi uma proposta de aperfeiçoamento na matriz do banco, nos Estados Unidos. Olha que linha ou melhor isto me pareceu mais uma corda bamba! Quando falei para ele ficamos ambos nos olhando profundamente, como se nossos olhos pudessem nos dar a resposta certa para tal situação. Doeu em mim e doeu nele! Agora a separação estava tão palpável que quase podíamos pegá-la com as mãos. Resolvemos, num acordo sem palavras, implícito nas nossas atitudes, vivermos esses dias com alegria e curtir muito as solenidades da formatura dele, afinal ele merecia, estudou com tanto sacrifício; e minha sogra também precisava dessa alegria. E assim foi! Nos divertimos a valer, como mostra as fotos do albúm, nossa alegria estava evidente. Quando olho aquelas fotos, penso: que destino caprichoso este! um garoto do oeste do Brasil e uma garota lá do sul, encontrando-se numa faixa do País onde quase se cai no mar, alguma coisa boa tem que sair daqui. E saiu... beijos Bela.

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