quarta-feira, 29 de junho de 2011

Linhas paralelas...

Pois é Bela, que burra eu fui por quase toda uma vida. Quando, na minha insana cabeça, transformei nosso encontro de almas e amor em linhas paralelas, esqueci que linhas paralelas não se encontram... elas andam lado a lado! Mas não se ENCONTRAM! Nem no infinito! Mas vida que segue... e eu tinha 4 adolescentes, um precisando muito de atenção especial, não podia me dar ao luxo de enlutar, o luto da separação teria que ficar para depois. E ficou! Para muito depois! Voltei a morar no Rio; me vi de repente numa casa que não era a minha casa, tendo que obstinadamente construir um novo lar para nós e com uma tal liberdade que não sabia o que fazer com ela! Muitos equívocos cometi, em nome de um possível acerto; mas de nenhum me arrependo! A minha casa que me aconchegava como colo de mãe, deixei para trás; com tudo dentro: objetos, realizações, saudades, e lembranças, muitas lembranças, lembranças de uma vida toda. Nunca mais voltei para ela! Amigos? Só ficaram 2, meus queridos amigos de todo o sempre, aquele casal que se apaixonou perdidamente, lembra? Os outros? Eram amigos dele, não meus! Triste constatação! Mas assim que foi. Nessa época li um escrito da Lya Luft, que dizia assim: "A esperança me chama, e eu salto a bordo como se fosse a primeira viagem, se não conheço os mapas, escolho o imprevisto; qualquer sinal é um bom presságio. Seja como for, eu vou, pois quase sempre acredito; ando de olhos fechados, feito criança brincando de cega, mais de uma vez saio ferida ou quase afogada, mas não desisto! A dor eventual é o preço da vida; passagem, seguro e pedágio." Palavras que me fizeram repensar muito em tudo. E eu repensei! beijos.

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