sábado, 2 de julho de 2011

Cair e levantar...

Amiga, que tempos ruins foram aqueles! Todos os dias, quando acordava, pensava: "hoje não vou dar conta!" Me vi de um dia para o outro tendo que recomeçar uma vida da qual não tinha a menor idéia por onde, nem como começar. Mas tinha um foco, e foi isso que me ajudou em todo o processo; precisava ajudar o meu filho; orientar e ajudar a passar aquele tormento todo, os outros 3 que estavam comigo; precisava tirar de minhas entranhas forças para que todos tivéssemos um lar novamente, só que agora no Rio, como referencia e estabilidade, já que aquele modelo de lar em que eles estavam sendo criados não existia mais, tinha ficado lá atrás; aquele lar que ajudei a criar e que eles nasceram agora era: a casa do pai com a nova vida dele, mas que evidentemente eles estavam e sempre estarão inseridos; e a nova casa que eu estava criando e onde iríamos morar. Criei um novo modelo de lar, onde não faltaram os erros e acertos inerentes a todo o doloroso processo de recriação de afetos e consolidação de responsabilidades (que forte!), pois é, foi sim forte, doído, muitas lágrimas, rompimento de valores, criação de outros; um tumulto só! E euzinha ali perdida, tendo que definir e dar o norte para 4 adolescentes; todos em fase enlouquecida de se auto afirmar, disputando palmo a palmo comigo para ver quem mandava; de uma vez que quem pediu o divorcio fui eu, então eu que me danasse, e reconstruisse tudo de novo para eles! Certo? Errado! Eu tateava no escuro! Mas aos trancos e barrancos estabeleci o foco principal: estudar sempre! Era o que mais cobrava deles; conversávamos muito, chorávamos juntos e juntos conseguimos moldar um novo conceito de lar e que quem mandava ali era eu e ponto! E assim foi! Bela, lembrei agora, de um dia bem complicado que a minha amiga querida estava lá em casa, e ela interferiu numa discussão dizendo para os meus filhos: " Sei que está difícil para vocês mas podem ter certeza que está bem mais difícil para a mãe de vocês e que por ela ter pedido o divórcio, não pode ficar com todo o ônus, ela ultrapassou limites, tudo que podia para que não chegasse a este ponto ela fez, eu sou testemunha!" Ajudou bastante, saber naquele momento, que alguém enxergava o meu esforço todo. Obrigada amiga, foi bom ouvir aquilo! Aos poucos fomos tecendo novas linhas juntos e fazendo um caminho, fomos pulando obstáculos um após outro, meus filhos e eu, eu e meus filhos! Que fantástico ter filhos como os meus; são fortes, cada um ao seu jeito, são íntegros, são bons, não são medíocres, são gente da melhor qualidade! E são MEUS! Bela que coisa imensurável eu tenho! Meus filhos! Que bom tê-los! beijos.

Um comentário:

  1. Amei sua historia de vida! Espero que logo tenha mais... Rsrs Essa me deixou com gostinho de quero mais. Beijos!

    ResponderExcluir