terça-feira, 26 de julho de 2011

Casa nova...

Vida nem tão nova assim. Que difícil processo passamos todos nós; me sentia em todos os momentos à deriva, sem margem e tábua onde segurar. Arrumei a casa, contratei empregada, dei ordens, todos estudando, mas nos sentíamos como estranhos, até entre nós, não havia naturalidade na nova vida, estávamos todos fazendo de conta que estava tudo se encaixando. Estava nada! Na nova cidade tentei dar um sentido profissional para nós, comprei duas lojas; grande equívoco que me custou muito; uma para mim outra para os meus filhos, achava que ocupando o tempo deles e o meu com estudo e trabalho outros problemas estariam resolvido. Teoria linda e perfeita! Nos livros! Na nossa realidade não funcionou; primeiro porque não tenho o menor talento para cuidar do meu dinheiro, segundo que se não sei, como vou ensinar? Claro que não dá certo! Faltou talento e equilíbrio emocional! O que por si só não justifica nada, aliás, não quero e nem vou justificar nada! F... qualquer justificativa, eu precisava era de colo, de cotidiano normal. Era um monte de vidas que tinha de dar conta. Ou quem sabe eu não tinha? Mas a minha obstinação em transformar nossa vida sem o pai junto, em uma vida que fosse o mais próximo de uma família, tenha me cegado a ponto de não enxergar isto. Agora Inês é morta! Alienação total! E como miséria pouca é bobagem, me aparece uma criatura que conheci no Rio, e pensei que estava apaixonada, olha outro equívoco ai, aboletou-se na minha casa, com sua cultura e modo de vida totalmente diferente de tudo que conhecia. Insanamente permiti! Ai complicou de vez! Se por um lado alimentava a vaidade de que ainda era possível despertar atração em um homem, por outro lado, sentia vergonha dos meus filhos, neto e tudo mais; como estar com outro homem, na mesma casa, sem ser o pai? Não deu! Acabei! E percebi que já tinha coisas demais para resolver, não havia nenhum tipo de sentimento; se era para ter alguém sem amar teria ficado com o pai deles! Nunca mais me interessei por ninguém e nem quero. Sublimei! Substitui por sossego, livros, liberdade, meus filhos e netos e está bom assim e é assim que vai ser. Amor puro na veia! Me alimenta todos os dias! beijos querida Bela.

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