segunda-feira, 18 de julho de 2011

Ilha da Magia...

Aqui estamos nós! Chegamos! E... bum!! Fez-se a escuridão! Pois é Bela, cheguei a ilha da magia em meio a escuridão, sem trocadilhos infames por favor; estourou um cabo de energia que ligava a ilha ao continente e ficamos 3 longos dias e noites sem luz elétrica, um caos total, que juntando com o meu... Mas tínhamos que nos acomodar, na verdade euzinha, tinha que acomodar: meus 2 filhos; minha filha; a mãe do meu neto; meu neto de 3 anos e eu; a minha outra filha tinha ficado no Rio terminando o semestre da faculdade, iria se juntar a nós somente 6 meses depois. É...eu e ele já tínhamos um neto! Um grande presente de Deus, que naquele momento, por circunstâncias bem especiais ele e a mãe estavam morando comigo, embora ela e meu filho mais velho não tivessem mais nenhum tipo de envolvimento; e outro neto estava a caminho... é minha filha mais nova estava grávida e iria parir em poucos meses! Como ajeitar tudo isso? Dar um lugar a cada coisa? Eles olhavam para mim como se perguntando: E agora mãe? E eu olhava para eles e me perguntava: como vou arrumar tudo isso? Acomodei meus filhos numa pousada e me instalei com minha filha grávida, meu neto e a mãe dele num apart hotel. Comprei uma casa, reformei-a - para que pudesse acomodar todos nós - num bairro muito bom, com boa locomoção para as respectivas faculdades e essa reforma durou 2 longos meses; quando terminou mudamos todos para a nova casa. Estava montada mais uma casa! Mais uma linha estava para ser traçada! Porque saí do Rio? Não dei conta de 4 adolescentes numa cidade que já não era mais a cidade que vivi e que meus filhos conviveram e conheciam tão intimamente. Não tinha saúde emocional para colocar as coisas nos lugares certos, estava fazendo tudo errado. Precisava começar de novo em outro lugar, com menos lembranças, menos expectativas, menos tudo! Quando reuni meus filhos e propus irmos embora do Rio para outra cidade, e disse qual cidade pretendia, eles toparam encarar comigo esta nova vida. A única condição que me impus é que este lugar de recomeço teria que ter boas faculdades. E tinha. Então vendi o apartamento que nos pertencia por toda uma vida, que tinha metade de nossa historia entranhada naquelas paredes, desmanchei a casa e fomos! E assim ... com a reforma concluída mudamos todos e nos acomodamos, fisicamente; porque emocionalmente levamos muito tempo para que cada pedacinho de nós ficasse confortável em algum lugar daquele mundo novo, daquela terra nova, daquela casa sem identidade e história nenhuma, daquela família tão diferente e que eu precisava lhes impor, para sentir que estava sim, criando algo para eles. Complicado! Muito complicado! Até hoje me pergunto o quê meus filhos achavam verdadeiramente daquilo tudo? Um desvario da mãe enlouquecida? Ou uma forma desesperada de ter algo que não existia mais? Ou outra coisa? Que coisa?!!! beijos.

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