terça-feira, 27 de novembro de 2012

Personagem da vida .

De muito ela instiga minha curiosidade. Uma mulher na faixa dos seus 40 anos, vaidosa, pobre, mãe de 4 filhas e um filho, dois netos, trabalha muito, sonha muito, namora muito e cuida, com dificuldade, proteger sua prole. Gosto demais de conversar com ela e conversa vai e conversa vem fiquei sabendo um pouco de sua vida. Casou muito jovem, teve filhos, um por ano, moravam numa fazenda, ela, marido e os filhos, o marido tomava conta do gado do patrão, ela cuidava do resto. Que resto? Da casa, dos animais menores, lavava, cozinhava para todos da fazenda, da horta, dos filhos, e quando necessário subia num cavalo e ajudava o marido a tanger os bois, assim era o seu dia a dia, sem mudancas, sem novidades e sem alternativas de ser diferente. Tinha sim uma diferenca de cotidiano, era quando o marido, aos domingo, saia para beber com os amigos e chegava em casa bêbado e enchia ela de porrada, bastava pouca coisa, as vezes ela nem sabia porque apanhava! O patrão, homem rico da cidade, sabia mas não fazia nada, nem ele nem ninguem...e ela seguia, trabalhando, parindo e apanhando. Até um dia em que a morte esteve muito perto, resolveu que era hora de catar os filhos, se mandar para a cidade e comecar uma nova vida! Não tinha teto. Foi parar na casa de conhecidos, ela e o monte de filhos. Arrumou emprego de doméstica e um barraco para ela e os filhos. História comum, comum de doer de realidade! Mas tem mais...

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