domingo, 10 de junho de 2012

Confesso que vivi...

Que Pablo Neruda me perdoe por me apossar despudoradamente das suas palavras, mas é assim mesmo, existe sempre alguém que escreve ou escreveu algo que parece com o que estamos pensando ou sentindo. E foi assim que me senti, algumas horas atrás. Hoje é aniversário de uma das minhas filhas, a minha pequena! Olhando para ela hoje, tão preocupada porque estava fazendo 29 anos. 29 anos!!! Tão jovem, tão cheia de sonhos, recém casada, uma vida sendo construída, seu sorriso lindo transbordando de ansiedade pelo próximo passo que a vida há de lhe cobrar, me deu vontade de colocá-la em meu colo, como fazia quando era criança para lhe fazer aqueles penteados elaborados com fitas, que hoje olhando as fotos ela odeia, mas que na época adorava, e lhe dizer para não ter pressa, você já fez um monte! E ainda fará muito mais! O que for muito difícil de fazer sozinha- mesmo que seu marido a ajude- as vezes precisamos mesmo é da ajuda da mãe, estou aqui! Chama que eu vou! E hoje minha pequena, no seu café da manhã, você acabou me dando um grande presente! Quase tudo que me move estava ali: você, seu marido, seu irmão, a namorada dele, sua irmã, o marido dela e meus quatro netos, e em algum momento olhei cada um de vocês, é claro que lembrei de quando eram crianças, é inevitável, mas sobretudo finquei o olhar no que estava vendo: que lindo! Eu criei parte disto! E é o que me interessa e me move neste mundo ( até já falei sobre isto, sou repetitiva mesmo e dai?). Mas algumas nuances indeléveis estavam diferente, não com você, com seus irmãos, na verdade sua irmã e seu irmão que está longe e dois de meus netos, nada grave, apenas diferente. Sua irmã acabou de parir ainda está naquela acomodação de uma nova filha, tão frágil, tão necessitada de sua atenção completa, é uma fase difícil, de pouco dormir, pouco tempo para si, passa logo, mas gostaria de poder ajudá-la mais! Seu irmão que não estava conosco, algo me diz, que está surfando uma onda bem alta e levou um caldo, mas como bom surfista que é, bota logo a cabeça de fora e pega uma onda mais mansa, rema e começa de novo, ele sempre consegue! Mas senti sua falta, gostaria que ele estivesse ali com a gente. Meu neto está naquela fase de transição, nem criança e nem adulto, um enfado, para ele naturalmente e minha neta mais velha com suas reflexões e olhares curiosos se tornando uma garotinha e acentuando sua vaidade de tão bom gosto! Obrigada filha por este presente de hoje. Ah...e tem a Manu! Mas ai é outra história, a Manu é um capítulo a parte, a gente ainda fala dela outro dia! Beijos

Um comentário:

  1. Como é bom ler suas histórias, me aproxima dessa família que tanto amo. Espero os causos da Manu hehehe, que netos lindos a vida te deu heim? Porque os filhos são maravilhosos e amo todos demais. Acho que tu e a matriarca lá de casa deviam se unir pra contar e ouvir causos de mãe, vó, mulher... saudade grande beijos.
    te amo

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