domingo, 10 de junho de 2012

Parece que foi ontem...

Bela querida, quando aqui cheguei, nos idos de 1978, a Aldeia ... era uma aldeia. Tudo muito precário, muitas dificuldades, muitos jovens começando uma vida nova, inclusive nós, uma cidadezinha pequena com tudo que uma cidadezinha tem que ter e o que não tem, e uma das coisas que mais me chamou a atenção naquela época era a incipiente tentativa de ter uma televisão - não o aparelho - novelas acompanhávamos com dois ou três dias de gravadas, os noticiários de fora também com atraso. Imagina numa época em que uma ligação interurbana era feita por intermédio de uma telefonista, que muitas vezes dava para "sentir" sua presença, digamos que para conferir se a ligação realmente tinha sido completada! Pois é era assim! A programação local? Bem esta se limitava ao noticiário local, cujo ponto alto era a piscadela de olho dada pelo seu apresentador ao final e as entrevistas, reportagens, coberturas de eventos sociais - baile Vermelho e Preto por exemplo - feitas por um único "repórter, iluminador e faz tudo" que fazia perguntas tão esdruxulas que viravam piadas no dia seguinte; mas louve-se sua boa vontade, afinal ele fazia tudo sozinho, as vezes arrumava um rapazinho para segurar os fios e as luzes, enfim foi um pioneiro e a eles deve-se sempre um louvor. E os comerciais? Bem este mesmo "repórter" os fazia. Tinha um que era assim: um cartaz fazendo propaganda de um frigorífico, acho que era frigorífico, alguém segurava- dava para ver as mãos de quem estava segurando- e o repórter lia o que estava ali escrito. Mas, sabe amiga Bela, todas estas lembranças é só para poder falar, você sabe o quanto faço rodeios até contar que interessa. Sabe qual é, inegavelmente, a melhor campanha publicitária local? A da empresa de meu ex-marido! Que campanha de modernização de uma marca local! Bem feita, bem dirigida, público bem definido, veiculação adequada e sobretudo a escolha do publicitário, moço muito eficiente; dá a entender que captou direitinho, o que o cliente precisava: mostrar que uma empresa local, com crescimento eficiente ao longo dos anos, tinha mais é que mostrar seus produtos de forma bonita, moderna e sem gritos. Na verdade além do publicitário, não posso deixar de dizer que ele (o ex) sempre procurou inovar; fico feliz por ele, por meus filhos e netos, aliás partiu do meu neto as seguintes palavras quando viu o comercial de um lançamento com uma famosa muito bonita: "Vó isto é do vô? Que comercial manero é o mais bonito daqui!" E olha que ele tem só 12 anos! Bonita toda a campanha! O patrocínio do jornal local me levou para a cartolina segura com as mãos de alguns anos atrás. Parabéns ex, parabéns publicitário! Algo me diz que vêm muito mais coisas por ai. Tomara! Adoro contar uma história! Beijos

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