sexta-feira, 27 de maio de 2011

Memória

Pois é amiga esqueci que vc sabe q fui morar no Rio. Quando vc partiu ainda lhe escrevi umas cartas, muito esporadicamente q nem lembro o quê exatamente vc sabe de mim; mas n faz mal o que vc já souber fica sabendo de novo, ou vc esqueceu q adoro contar a mesma história várias vezes; é q as vezes fico achando q as pessoas n entenderam aquilo q estou contando, e as vezes gosto tanto da história, da lembrança q ela me trás q conto de novo, sempre percebo q as pessoas estão pensando " ah n! de novo esta história" nem ligo e sigo contando, contando...Mas, então, fui morar no Rio, com uma mão na frente outra atrás, aliás com as mãos bem apertadas tanto na frente quanto atrás, porque a voz da minha mãe dizendo que "moça q mora sozinha n presta"só isto já basta p segurar bem as mãos, claro q algumas vezes as tirei p colocá-las em lugares bem melhores, mas isto a gente vai vendo ao longo da nossa correspondencia, correspondencia é f n amiga, antiiigo! As únicas coisas concretas q tinha quando cheguei na rodoviária Novo Rio eram: uma proposta de emprego num banco- q nem existe mais- e o end de uma senhora que alugava vagas, pois é fui parar num apartamento daqueles bem espaçosos de Copa, c 4 quartos, a dona ocupava 2 e alugava 2; Alugava n era bem o caso, tinha 3 beliches e vc alugava na verdade a parte de cima ou de baixo do tal beliche, fiquei (aluguei!!) em um embaixo.Nos dois lugares - apartamento e Rio - conheci  todo tipo de gente e de situações; tem uma situação q foi uma das primeiras angústias q passei sózinha numa cidade enorme e desconhecida: trabalhava na rua do Ouvidor-centro do Rio- e tinha q pegar ônibus p ir e vir, e peguei o ônibus errado, fui parar no Jardim Botanico, acho q com todo mundo q chega numa cidade grande e estranha acaba acontecendo isto, né? mas q é assustador ah isto é.Esta parte é monótona e sem graça, n acontecia nada de especial, ta certo fui para o Rio tentar crescer e melhorar de vida, sair daquela mediocridade q vivíamos, vc sabe como sempre tive medo de duas coisas: mediocridade e mau caratismo, fugia e na verdade ainda fujo até hoje das duas. Nao acontecia nada, nada, criei uma rotina q esmaga qualquer chance de ser feliz; trabalho, trabalho, cursinho, cursinho, praia, praia e muita mas muita solidão. Amigos? sou difícil de fazer amigos, q bloqueio infernal este q tenho até hoje, n consigo, das duas uma ou me entrego e quebro a cara na amizade ou finjo uma intimidade q na verdade nem existe, só na minha cabeça. E nos fins de semana ficava em casa vendo tv e conversando c  as outras meninas, aliás tinha algumas q dormiam muito durante o dia e a noite ficavam lindas e perfumadas e diziam q iam trabalhar. Custei entender, e a gente se achava super esperta naquela época - xiiii este papo tá c muito saudosismo- n estou gostando do rumo da conversa. Na próxima vamos mudar o tom. bjos Bela

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