segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Des...conforto?

A vida parecia, isto mesmo parecia, que andava numa nova linha reta, sem muitos nós; bem flexível até. Mas algumas coisas não se encaixavam. Havia um não olhar nos olhos, uma riso alheio, uma alegria exaltada, meio bipolar! Então o quê era? Estávamos morando numa cidade linda, um verão "bombando", a ilha lotada parecendo que ia afundar de tanta gente, estávamos trabalhando, um novo ano começava e tínhamos acabado de deixar mais um bem difícil para trás. Mas eu sentia isto pairando no ar, como uma bomba prestes a explodir, qualquer fagulha... e pronto tudo iria pelos ares! Deixei passar. Era tanto assustamento, tanto medo desta frágil família se romper, que resolvi achar que era só cisma minha mesmo! E assim nosso primeiro verão passou. Findo o verão a mãe do meu neto resolveu ir embora e evidentemente levá-lo junto, ela nunca, mas nunca mesmo o deixou com ninguem! Porreta ela! Onde quer que fosse ele iria junto. E junto levou um bom pedaço de mim, não consegui me despedir dele; a falta que senti nos primeiros tempos doeu tanto, que ouvia o riso dele em todos os lugares da casa, e um nó enorme se formou, desta vez não foi na linha da minha vida, foi na garganta! Mais uma vez fui afogar a minha dor olhando o mar da Joaquina e sozinha mais uma vez... chorei! Mas entendi a situação dela, era estranha mesmo! Continuamos nós, com aquela pequena luz, que crescia e nos fazia crer que tudo ia melhorar quando sorria um sorriso desdentado e cheio de paz. E minha filha foi pedida em casamento! Não foi bem assim! Claro que eu e a mãe dele demos uma força! Mas também concordei em participar deste plano porque sentia, por parte deles um grande amor, eles apenas não sabiam como fazer as coisas darem certo, então resolvemos que nós ensinaríamos para eles como se faz! E eles fizeram,tudo direitinho. Com a ajuda do pai, o casamento foi do jeitinho que minha filha queria, olha a surpresa! Ela foi absolutamente convencional! Fizeram tudo, com todos os rituais; vestido branco, o pai entrando com ela pelo braço numa manhã chuvosa de maio, na igrejinha da Imaculada Conceição e emocionado até o limite das lágrimas ameaçando rolar. Houve recepção, familiares e festamos muito! Depois foram para a casa deles. Mais uma família estava definitiva formada! Moravam num delicioso apartamento na Lagoa da Conceição. Quer começo melhor? Impossível não ser feliz assim! E assim que foi! E é! beijos querida Bela.

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